SAMBAS-ENREDO ANTIGOS

1960
Enredo: Brasil, gigante que desperta
Compositores: Zé Linha e Chocolate

Brasil, Brasil, Brasil.
Já não és um gigante adormecido
Nesse sentido, o governo tem contribuído
Serás, futuramente, o orgulho do universo
É assombroso e esfuziante o teu progresso
Jamais dirão que esta nação
Vive só de café, cacau e algodão
Breve, Brasília será centro irradiador
Firmaste, definitivamente, no mercado exterior
De estarmos orgulhosos, creio, é natural
Já é forte e gigante o teu parque industrial
E a marinha acompanhando o progresso
Adquiriu um porta-aviões possante
Deu-lhe o nome de “Minas Gerais”
Que reforçará as costas de ti, gigante


1961
Enredo: D. João VI no Brasil
Compositores: Catone

Foi em 1808 que chegou a Brasil Dom João
Dotado de uma inteligência sem igual
Promove grande progresso para essa Nação
Iniciou com a abertura dos portos
Ao mundo inteiro
A conselho deste grande brasileiro
José da Silva Lisboa
Este nobre regente
Transformou este gigante adormecido
Num país independente
Surgindo o progresso
Com a criação de Ministérios
Imprensa régia fez com grande sucesso
Contratando mestres intelectuais
Da missão Artística Francesa
Para nossa academia de Artes Culturais
Destacando-se Lê Bretton
Que elevou a cultura desta nação
Hoje rendemos esta homenagem
Ao Príncipe Dom João


1970
Enredo: Salão e damas Imperiais
Compositores: Renato Nascimento, Jorge Mexeu e Djandir Bastos

Um cenário de rara beleza
De elegância e riqueza
Sublimes ornamentações
Rendas e alfaias, filigranas
Candelabros, relicários
E os reais brasões
A opulência imperava
Quando se realizavam
Os festejos triunfais
Em desfile a alta nobreza
Deslumbrava com grandeza
Os Salões Imperiais
Ambiente colorido de esplendor
Onde a fidalguia destacava o seu valor
Ô, ôô, ôôô, ô, o, o
Pernambuco teve movimentação
Em suas festas principais
Bahia consagrou-se entre outros mais
Destacamos Rio de Janeiro
O primeiro em ornamentações
Em seus palácios
E nos salões
Contradançavam com euforia
Damas e cavalheiros importantes
Com seus trajes elegantes
Ao som da melodia
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Tudo era maravilha
Tudo reluzia


1971
Enredo: Marília de Dirceu
Compositores:

Vila Rica, cidade tradicional
Berço de Marília de Dirceu
Foi de Ouro Preto
Onde fato importante aconteceu
Quando na jovem de rara beleza
Sem possuir riqueza
O poeta se enamorou

Era de menor idade
E por infelicidade (bis)
Seu casamento não realizou

Ôôôôô
Foi no século 18
Que surgiu a dama da conspiração
Homem nobre descontente
E o bravo Tiradentes
Lutaram para uma libertação
Tomás Antônio Gonzaga
Envolvido na movimentação
Com seu talento e valor
Seu poema dedicou
Ao seu amor
Estava de casamento marcado
Foi exilado
Porém, Vila Rica se consagrou
E um grande amor eternizou
Ôôôôô


1972
Enredo: Festa da Independência
Compositores: ????

Ôôôô (bis)
A hora da alegria chegou

Salve salve Dom Pedro I
Ele foi pro Ipiranga gritar
Sua voz se ouviu de bem longe
O cenário começou a brilhar
De alegria, lindo dia surgiu
Lenços verdes, amarelos a acenar
A nobreza do povo em festa
Somos livres, já podemos cantar


1973
Enredo: As sete portas da Bahia de Carybé
Compositores: Hyldécio Lellis

Vejam que beleza
As ondas lavando a areia
Saveiros enfeitam o mar
Pescadores louvando a Sereia
Desejam Graça alcançar
Baianas lavando o Bonfím
Ferve o samba na Ribeira
Tabuleiros com quindim
Samba de roda e capoeira
Tem de tudo misturado
Lá na Rampa do Mercado
Os atabaques trovejam
Saudando todo Orixá
Nos Candomblés
Da terra do Pai Oxalá
Tem dendê no caruru e vatapá
Na moqueca do Xaréu
Das águas de Mãe Yemanjá
Yemanjá ô
Ô Cinda rê rê ô Yemanjá


1974
Enredo: Bandeira Branca
Compositores: Jorge Lucas e Waldeir

Vamos recordar
Com alegria musical (bis)
Esta festa do povo
Apresentamos nesse carnaval

Vindo para o Rio de Janeiro
A estrela de Dalva brilhou
Sua voz de ouro e canto brejeiro
Pelo mundo inteiro excursionou
Teatro, rádio e televisão
A rainha da voz era sensação
Como lembramos tempos atrás
As marchas dos passados carnavais

Bandeira branca, amor
Não posso mais (bis)
Esta mensagem não esquecemos jamais


1975
Enredo: Reais pessoas - chegada de D. João VI
Compositores: Jorge Mexeu

Lindo cenário
Que a história consagrou
E nesse dia
O povo vibrou
Foi na chegada do Príncipe-Regente
Com toda família real
A cidade com fogos anunciava
O colorido do festejo colossal
Os negros da Irmandade do rosário
Piamente prestavam homenagens a corte-real
Que desfilava sob um pálio de muita riqueza
Numa alegria geral
Grande progresso Dom João VI criou
Com a abertura dos portos
Citamos suas obras imortais
Banco do Brasil, Igreja da Candelária
E outras mais
Destacamos da missão francesa
O mestre pintor
João Debret
Famoso artista de real valor


1976
Enredo: Acalanto para Uiara
Compositores: Joel Menezes, Norival Reis e Vicente Mattos

Canto
Meu canto é o acalanto
Uma canção pra ninar
Uiara
Dia e noite encantada
À União faz chegar
Barqueiros, remeiros, pescadores
Zumbis, ariris e invasores
Um feitiço faz sonhar

À meia-noite
O Toré anunciou (bis)
Oferenda pra Uiara
Nego Prata já levou

E se fez magia
Todo o rio prateou
Uma cascata de luz
Lá do céu se derramou (é noite clara)

É noite clara
É lua cheia (bis)
Dorme o Rio São Francisco
Uiara o silêncio semeia

(meu acalanto)


1977
Enredo: Banzo
Compositores: Norival Reis, Vicente Matos e Carlito Cavalcante

A União quanta tristeza
Fazendo dela alegria
Vai no giro da baiana
No reino da fantasia

Banzo aê, banzo aê
De mão no queixo
Cachimbo na boca (bis)
A saudade é grande
A cabeça é louca

Iludido com miçangas
Fui jogado no negreiro
Hoje sofro na senzala
Sou homem do cativeiro
Ô ô ô Xangô, meu orixá
Venha levantar meu braço
Quero ouvir meu agajá
Hoje morro de tristeza aqui
Amanhã sou alegria lá

Vou eu vou
Minha gente eu vou brincar (bis)
E nas asas vou voando
Vou ver a Conga passar


1978
Enredo: Cor, ação e samba
Compositores: Norival Reis e Vicente Mattos

Vem, é o inicio de um novo dia
A passarada anuncia
Com seu canto matinal
Vê a terra toda enfeitada de flores
É a natureza a criar seus amores afinal
E a tardinha o sol poente
Mansamente agarra a gente
Traz saudade como quê
Da mulata que sambando
Fez toda gente cantar

Fala viola
Fala por mim (bis)
Esta mulata mata um bolindo assim

É tempo de festa na avenida
O luar prateia o chão
A escola tece trama no asfalto
E o samba é de fato aquela fascinação

O meu coração é samba (bis)
A cantar na União


1981

Enredo: Mauricéia em Noite de Festa
Compositores: Djandir, Catoni e Dantas

O branco com o verde da esperança
Abre a cortina da lembrança
E vem cantar
Mauricéia em noite de fesra
Como é bom recordar
Recife de Maurício de Nassau
Nos tempos idos, o governador-geral
Chega a missão do Conde do Sonho
Pedindo apoio ao nobre Senhor
Quando a linda festa começou

Que zoeira, oi, que zoeira (bis)
Teve batuque, congada e capoeira

Os festejos prosseguiram logo após
A corte do Duque de Bamba chegou
Recebeu o apoio formal
Para a liberdade de Angola
Da colonização de Portugal

Dunga Tara Sinherê
Dunga Tara Sinherê (bis)
Salve o grande Senhor
Dunga Tara Sinherê


1982

Enredo: Gosto que me enrosco
Compositores: Marino, Ivanildo e Wilson Magnata

Vem meu povo, vem cantar (bis)
Vem comigo, vem brincar

Ecoou na madrugada
O som de primas e bordões

Outra vez a boemia
Troca a noite pelo dia (bis)
Choram flautas, violões

Doce é lembrar os velhos tempos
Do nosso samba que nascia
Os pioneiros do batuque
A nova bossa que surgia
De Mario Reis veio a lembrança
Com sua dupla fantasia
Que trazia um canto novo
Ensinando pro seu povo
O seu jeito de cantar
Gosto que me enrosco de lembrar
Das rosas espalhadas pelo chão
Perfumando o artista
O lenço branco acenando
Cenas de grande emoção
Juju balangandãs, Dorinha meu amor

Coração vermelho e branco
No rosto, sorriso franco (bis)
Quando o samba acabou


1986
Enredo: No cheiro, no trago, no mastigo ou de baforada
Compositores: Carvalho, Carlinhos 71, Naldo do Cavaco e Toninho 70

É carnaval
Novamente a União se faz presente
E sambando traz
Num trago amigo
O cachimbo da paz
Vem de outras eras
O sublime prazer
De rapé cheirar
Vamos nessa minha gente
Tem cheiro de mato queimado no ar

Tabaco gostoso
Oi tabaco bom (bis)
Quem não tabaquear
Não curte a sensação

Vou cair nos braços da folia
Esquecer o dia-a-dia
E a maldita inflação
Libere um sorriso de alegria
Vista sua fantasia
Vamos à luta, meu irmão
O tabaco é forte
No sul ou no norte
Do nosso país
No cheiro, no trago
Mastigo ou baforada
A União canta feliz

Deixa a gira, girar
Oh meu amor (bis)
Gira baiana
No cachimbo do vovô


1991
Enredo: Apertam meu pescoço, mas eu não paro de gritar: sou mais Brasil
Compositores: Roberto Barbosa

Canto por todos os cantos
Levando a mensagem
Que alguém musicou
Por dom do maestro da vida
Relembro cantigas
Que o povo entoou
Hinos de paz e de guerra
Dos donos da terra
E de quem aqui chegou
A sinfonia da floresta
Do som da orquestra
A canção que minou

Da mente, a melodia
Das retretas não me sai (bis)
Saudade,todo dia
Se dançava no hi-fi

O interesse por trás da evolução
Faz nossa gente esquecer a raiz
A mídia responsável pela massificação
Faz ídolos, e mata a cultura do país
“Rock” despreza o merengue
O pagode, o forró, nosso popular
Contra isso eu sou Brasil
Apertam meu pescoço
Mas não paro de gritar

Sou da arte a fantasia
Uma nota musical (bis)
Sou o samba, sou o canto
Da União no carnaval


1998
Enredo: Emplumados da Folia, chegou o nosso dia
Autores: Santinho da Mocidade, Hércules, Bulla e Tião do Ouro

Canta, canta, canta oi
“Emplumados da Folia”
Fonte inspiradora que encanta
Numa sincronizada sinfonia
No céu, na terra, em qualquer lugar
Num colorido sem igual
Voar, voar, voar, voar
É um sonho universal

Tem gandaia no ninho
Tem, tem, tem, tem
Derramando o seu enredo
Oi tem também (bis)
Muito amor e carinho
Tem índio com jeitinho
Revelando o seu segredo

Chegou ôôôô
Hoje vamos desforrar
Deixar o homem maluco
Dentro de um relógio cucu
Cantando pro galo despertar
Engaiolado o dia inteiro
Com frio, com sede, com fome
O desejo aventureiro
Derrubando o bicho homem
Voa pomba da paz
Nessa ironia geral
Urubu virou piloto
O peru muito maroto
Não bebe pro natal

Oi abram alas pra União passar (bis)
É coração, é alegria, é Jacarepaguá


1999
Enredo: A vida é uma festa
Autores: Paulinho Magalhães, Serginho Mato Alto, Edson Poeta, Quarenta

Sou a vida
Ao meu redor tudo se faz girar
Sou ser humano
Um bom motivo para festejar
Retornando aoa passado
Meu primeiro aniversário vou comemorar

Balões, painéis, meu bolo que alegria
Junto com os meus coleguinhas (bis)

Vou brincar de roda, vou rodar pião
Vou brincar de pique, ser bicho papão (bis)
Com a União

Mas uma vela se acendeu
Meus 15 anos aconteceu
Meus olhos no teu (bis)
Seus olhos no meu
Namoro à vista, coração bateu

Nesse corpo cheio de energia
Vão surgindo alegrias
Muitas realizações
É formatura pintando
É casamento chegando
Sempre com um ideal
Fazer da vida, o meu carnaval

Adentrando a avenida, ôôôô
Ouço gritos pelo ar, ô aia
Só podia ser você, vou festejar (bis)
Minha União de Jacarepaguá


2000
Enredo: O vento que venta lá venta cá
Compositores: Ulisses, Luisinho, Henrique e Marcinho

O vento vai me levar (vai, vai, vai)
Com toda sua intensidade
Assim Cabral cruzou o mar
Brasil, Brasil, 500 Anos de prosperidade
Eis que o homem evoluiu
Deu asas para imaginação
Hoje é só felicidade, emoção
Não é um pássaro, é o "14 Bis"
O pai da aviação nasceu no meu país
O cata-vento gira para molhar a terra
E fazer feliz essa galera
O vento que venta lá, venta cá
Turbinas geradoras de energia
A eletricidade impulsionando a tecnologia
O bailar do estandarte é uma obra de arte
Pipas e balões no azul do céu
Embala o sonho de toda criança
Um simples pedaço de papel
Vento forte, tempestade, furacão
Devastando as cidades
Faz doer meu coração
Oyá nos proteja
Seu povo tem fé
Segura a força da maré
Deixa o vento soprar nessa avenida
O importante é estar de bem com a vida
O clima dos quatro ventos me seduziu
A União é festa no ano 2000


2001
Enredo: A Magia da Dança
Compositores: Paulinho Magalhães, Marilda e Marinho da Galera

Neste turbilhão de luz
Oh, verde e branco que me seduz
Arrebata meu coração
Dança é vida, traz união
A dança é reza, é arte, é oração
Na Grécia fez parte da educação
Tem um toque de magia
Dá uma injeção de energia
É balé, tango, bolero
Rumba, mambo, chá-chá-chá
Abrem-se as portas do salão
A hora é esta, o baile vai começar

Vem amor dançar comigo (bis)
Coladinho, sussurrando no ouvido

É soma de várias etnias
Dá sempre um nó na nostalgia
Este teu povo é festeiro
Oh, meu Brasil brasileiro
Dois prá lá, dois prá cá
E remelecho o ano inteiro
Anarriê, anarriê
Frevo, forró, maracatu
Bumba meu boi, meu boi bumbá
O couro come até o dia clarear

Põe som na caixa "DJ"
Com esta pista sonhei (bis)
E me sinto um rei


2002
Enredo: Asas: Sonho de muitos , privilégio de poucos , tecnologia de todos
Compositores: Luizinho Oliveira, Alexandre Valle, Ulisses, Henrique Guerra e Elio Sabino

Liberdade, sonho, sedução
A mitologia nas asas da imaginação
Labirinto de segredos, mistério, magia
Homens confinados, escravizados pela tirania
Um sonhador não pode se entregar
Tem que acreditar no amanhã
Com asas de cera, Ícaro voou
Em busca da liberdade

Ninguém vai me impedir
Ao céu eu vou chegar (bis)
Sou Pégaso, o cavalo alado
Freio de ouro não vai me domar

Asas, privilégio de poucos, presente de Deus
Quem dera eu tivesse também o poder de voar
Anjos do bem e do mal, aves, insetos
Voar parece ser tão natural
Curvas e formas diferentes
Seres alados voam pelo nosso céu
Sensação de paz e liberdade
Cada um em seu mistério desempenha o seu papel

O tempo passou e a esperança
Prevaleceu, cresceu (bis)
O espaço está dominado
O homem venceu

A tecnologia evoluiu
Nós construimos, o mundo aplaudiu
Modernos aviões, foguetes na lua
A conquista do universo continua

Hoje Jacarepaguá é alegria
A esquadrilha da fumaça já anuncia (bis)
Tem novidade nesse carnaval
É a Uniao num vôo livre e genial


2003
Enredo: O do cupim é do capim
Compositores: Almicar, Edinho e Henrique Martins

Oh divino sol, fonte de luz e magia
Na terra dos deuses a União explode de alegria
Com a Trindade, Ganapati abençoou
E meu boi Tupiniquim é orgulho nacional
Roda baiana, hoje é festa é carnaval
(E foram)
Verdadeiros bandeirantes
Pecuaristas brasileiros do Triângulo Mineiro
Ao Oriente a buscar
Em uma índia de mistérios fascinantes
Perigos predominantes
Heroicamente foram superados
Hindubrasil do sertão
Da farinha podre
Mostrou força para o mundo
É referencia nacional
E o embrião nas mãos
Do sábio cientista
Analisando a conquista
Do mercado mundial

Sai pra lá vaca louca, sai de mim
O meu boi é de pasto, é do capim (bis)
O Zebu é de ponta, é o ideal
E na Marquês vem sacudir o carnaval

Novo milênio
É carne, é leite, com requinte especial
O meu Zebu fez um Brasil mais forte
Nosso gado de corte é manchete no jornal
Dá gosto ver essa bonita aliança
Mens sana in corpore sano
É o homem em alto astral

Sou boiadeiro, sou de Jacarepaguá
Se ouço o toque do berrante
Expozebu vai começar (bis)
E Uberaba é festa, show, felicidade
Preservando a memória em nome da humanidade


2004
Enredo: Rio de Janeiro - O Rio que o mundo inteiro ama
Compositores: Luisinho Oliveira, Alexandre Valle, Serginho Mato Alto, Elio Sabino e Henrique Guerra

"Haja luz", clareou a imensidão
Do ventre da Mãe Terra nasce a beleza da criação
O céu, a terra, o mar, o despertar da vida
O criador ao terminar sua jornada
Maravilhado, a bela obra contemplou
Montanhas e matas, lagoas, cascatas
O índio e todo esplendor
Reuniu num só lugar
Toda beleza que existia
E fez do Rio sua moradia

Eu sou o Rio de paz e amor
Abençoado pelo Redentor (bis)
Cidade-Simpatia de um povo hospitaleiro
Sou amado pelo mundo inteiro

Serras, florestas, a fauna e a flora em harmonia
Eldorado de rara beleza
Santuário da ecologia
Costa do Sol, verão que seduz
Balneário de felicidade
O céu azul, as praias cristalinas
Maravilhosas paisagens
Sou a miscigenação de várias raças
Meu sol abraça a lua cor de prata
Quarenta graus de pura emoção
Sou arquitetura emoldurada em aquarela
Meu charme hoje encanta a passarela
Eu sou a boêmia, a capital cultural
Eu sou orgulho carioca e brasileiro
Cartão postal e festa o ano inteiro
Show de bola, samba e carnaval
O Rio é o paraíso tropical
O resto é notícia de jornal

De braços abertos estou
Pra ver o Rio de Janeiro vencedor (bis)
E a União cantando em verso a poesia
Do meu Rio iluminado transbordando alegria


2005
Enredo: Iriruama - Arara-o-ama por toda eternidade
Compositores: Luisinho Oliveira, Henrique Guerra, Élio Sabino, Serginho Mato Alto e Ulisses PQD

Língua de fogo, trovões, mistérios, magia
Bate coração, o ritual nativo inicia
Cheia de sabedoria, ao portal do tempo a velha índia nos traz
Pra reviver a lenda de um grande amor
Paixão ardente que o ancestral tupinambá presenciou
Desbravando o mar nas caravelas, aventureiros sonhadores
Enfrentam a tempestade a calmaria
No afã de contemplar a aurora de um novo dia

Eis que o aroma da mata envolve o ar
Quem chega aqui sente a alma desse lugar
Tanta beleza seduziu os navegantes (bis)
Mataruna, mundo fascinante

Fonte de riquezas naturais, o cultivo à luta pelo chão
O índio escravizado, corsários, quanta ambição
Pilharam a cultura e a paz, e dizimaram os tupinambás
Mas o amor é forte, arara faz a vida renascer
Encantado, o guerreiro assiste o milagre acontecer
Iriruama espelho adornado da paixão
Exploradores portugueses te invade catequizando
Ignorando a tradição
Então falou o pescador, voe nesta carapeba para encontrar
Arara-o-ama, não deixe o fogo do amor se apagar
O tempo passou, o progresso chegou, trouxe a realeza
O negro sorriu, se livrou das correntes, liberdade
Nova cultura, religião, arquitetura, miscigenação
Máquinas, ferrovias, arqueologia, acervos culturais
Ciência, tecnologia, o amor à memória dos tupinambás
No grande altar iluminado, o encontro apaixonado

Resgatar a cultura é semear educação
Criança é esperança, o futuro da nação
Eterna chama que jamais se apagará (bis)
Araruama na passarela é Jacarepaguá


2006
Enredo: Alô, Alô, Intendente! Aquele Abraço!
Compositores: Marinho, Ivanísia, Fernando Tcha Tcha, Tito e Jorge Buccos

Ecoou a saudação que a avenida faz vibrar
Alô, alô Intendente, aquele abraço
Da União de Jacarepaguá
Foi a divina luz, que abençoou o caminho
Rumo à Fazenda Santa Cruz
Que os jesuítas receberam com carinho
Paraíso que encantou a realeza
Dando início a Estrada Real
Além da terra da garoa
O progresso foi a via principal

Sombra e água fresca, uma pausa no caminho (bis)
Reduto de bambas, é Campinho

Intendente Magalhães, dá orgulho de se ver
"Caminho" até o Campo dos Afonsos
Hoje canto pra você
Palco das escolas que almejam ascensão
Ninho do condor da Tradição
O verde é esperança, o branco é paz, traz confiança
"Arroz com couve", alimento eficaz
Regado à samba, é bom demais
Tem auto-shopping, é sucesso
Acelera a região
A riqueza e o comércio, se expandiram nesse chão
Onde mora a "União"

Vou comprar um carro zero, ou usado em bom estado
Pra passear (bis)
Com o meu amor do lado vou rodar pela cidade
Só dou carona pra felicidade


2007
Enredo: Chá: elixir da vida, herança milenar de aroma, arte e cultura
Autore(s): Ivanísia, Fernando Tchá-Tchá, Marinho, Tito e Jorge Buccos

Vai brilhar a União de Jacarepaguá
Pisando no tapete da folia pra contar
A história do saboroso chá
A brisa soprou, beijando as folhas
Que soltaram com o carinho
Caindo em água fervente que os servos preparavam
O aroma atraiu Shen Nung, o Imperador
Provou, gostou e batizou
Revitaliza, dá vigor, felicidade
"Elixir da longevidade"
Chá verde é Imperial
Chá preto é bronzeado, é a cor do carnaval
Pelo monge "Pai do Chá" foi levado
Da Índia pro Japão
Chaji é arte e purificação

O Big Ben anunciou, chegou a hora
O "chá das cinco" já vai começar (bis)
E o mundo viu a sua fama se espalhar

Deus Tupã, perfuma minha vida
Como fez com Yarí
Do Paraguai chegou ao nosso chão
No sul do Tererê e do Chimarrão
Tem "chá de panela", tem "chá de bebê"
Eu me divirto de qualquer maneira
Só me aborreço se tomar "chá de cadeira"

Bota água pra ferver
Prepara um chá medicinal (bis)
Preciso de paz e saúde
Para brincar o carnaval